
Ilhéus, Maraú, Uruçuca e Salvador Bahia
09 a 16/12/2024
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1º Parada: Aldeia Tukum - Etnia Tupinambá
O primeiro destino do grupo dentro da Bahia foi a aldeia Tukum, uma comunidade da etnia Tupinambá, na cidade de Ilheus. Fomos recebidas no dia 10 de dezembro de 2024 e ficamos alojadas em uma casa dentro da comunidade até o dia seguinte. Tudo o que passamos lá, chamamos de imersão. Pois estávamos vivendo, mesmo que por apenas um dia, uma parte de seu modo de vida.
Pudemos desfrutar de sua comida tradicional, que a maior parte vêm da própria terra, conhecer um pouco de seu dia a dia, ouvir seus cantos, meditar e refletir sobre diversos temas.
Tivemos a oportunidade de entrevistar o cacique Rámon, sua companheira Nadia e duas mulheres indígenas da comunidade. Nesse diálogo fomos ensinadas sobre assuntos como: a influência e importância de eventos indígenas dentro e fora de suas terras; os papéis de cada indivíduo na aldeia; a conexão primordial que têm, especialmente as mulheres, com os ciclos da natureza e da Lua e como é importante, nós do centro urbano, nos sintonizarmos com esses sinais que o planeta vem nos dando; aprendemos também um pouco sobre a história e lutas desses povos; saúde e mobilização da rede de mulheres, entre outras pautas ricas em saberes e importantíssimas para a realidade atual.
Cada segundo nesse lugar, cada fala sabiamente dita, tudo culminou em diversos aprendizados e ao seguirmos nosso rumo à estrada, pudemos enxergar o mundo sob uma nova perspectiva.
"Essa experiência foi mágica, todos deviam ter essa oportunidade, porque é a partir dessas vivências que conseguimos ampliar os olhares acerca do mundo biodiverso em que vivemos, para que possamos valorizar a riqueza que nos rodeia, tanto no aspecto ambiental como também no aspecto cultural, com os conhecimento dos povos ancestrais"
Relato da integrante Ana Katharina Navarro
2º Parada: IF Baiano Campus Uruçuca
O IFBaiano de Uruçuca fica localizado na cidade de Uruçuca Bahia. Oferece diversos cursos:
Cursos técnicos: Agronegócio, Informática, Meio Ambiente e Produção Animal.
Graduação: Agronomia, Engenharia Agrícola, Engenharia de Produção e Licenciatura em Ciências Biológicas.
Pós-Graduação: Mestrado em Agronomia e Especialização em Educação Ambiental.
O local tem uma infraestrutura incrivel como:
Laboratórios: Laboratórios de informática, biologia, química e física.
Biblioteca
Auditório
Salas de aula: Salas de aula equipadas com recursos multimídia.
Restaurante e lanchonete
Áreas para prática de esportes e lazer.
Estacionamento
Acessibilidade: Infraestrutura acessível para pessoas com deficiência.
O IFBaiano - Campus Uruçuca oferece dormitórios para estudantes que precisam se alojar durante o período letivo com:
Capacidade: Os dormitórios têm capacidade para atender um número determinado de estudantes.
Acomodações: Os dormitórios são equipados com camas, armários, mesas e cadeiras.
Banheiros: Os banheiros são compartilhados e equipados com chuveiros, pias e sanitários.
Áreas comuns: Existem áreas comuns para estudo, lazer e convivência.
Segurança: Os dormitórios têm sistema de segurança 24 horas.
Manutenção: A manutenção dos dormitórios é realizada regularmente.
Nós do viagem ancestral apresentamos o nosso projeto e fizemos a apresentação do nosso PPC que foi um sucesso!
Lá aproveitamos para conhecer mais o campus, conhecer os cursos técnicos, o espaço, a colheita de cacau, íamos conhecer laboratório de cacau, mas infelizmente estava em manutenção.
Conhecemos todo o Campus e vivemos experiências incríveis e muitos aprendizados para levar para a vida!
3º Parada: Maraú - Praia de Algodões
Durante todas as nossas vivências no projeto Viagem Ancestral, tivemos a experiência de conhecer lugares muito marcantes como Algodões, uma praia na Península de Maraú, na Bahia. Com suas paisagens e águas lindas junto um clima agradável, o lugar nos proporcionou a oportunidade de levar o aprendizado a comunidade, como também, de trazer essa aprendizagem até nós.
A região é conhecida pela preservação ambiental e pelo turismo sustentável, o que nos deixou encantadas, toda estrutura de sustentabilidade do local. Além de aproveitar a beleza natural, fomos muito bem recebidos pela comunidade local, que nos recebeu de braços abertos nos mostrando um pouquinho de como vivem no local, e nos dando a oportunidade de compartilhar um pouco de todo o nosso caminho, conhecimento e pesquisa.
Nosso principal objetivo em Algodões foi apresentar o projeto Viagem Ancestral e o Projeto Político-Pedagógico - PPC, assim destacando a importância de valorizar nossa ancestralidade e fortalecer a educação comunitária. Foi uma troca de conhecimento inesquecível, que nos fez perceber ainda mais a importância de preservar a história e a cultura da nossa ancestralidade.
4º Parada: IFBA Campus Salvador
Nossa visita ao IFBA foi uma experiência enriquecedora, marcada por aprendizados valiosos e trocas de conhecimentos significativos. Fomos calorosamente recepcionados por estudantes envolvidos em pesquisas com turismo indígena, que nos proporcionaram uma imersão nas tradições das etnias da região, compartilhando conhecimentos sobre suas culturas, histórias e eventos tradicionais.
Além disso, tivemos a oportunidade de apresentar nosso projeto, criando um espaço de diálogo e aprendizado mútuo sobre a valorização das culturas indígenas. Esse encontro ampliou nossa visão sobre o tema, reforçando nosso compromisso com a diversidade cultural e o respeito às comunidades indígenas.
O IFBA se destaca como uma instituição de ensino voltada para a formação tecnológica e profissional, oferecendo cursos em diversos níveis, como ensino médio integrado, cursos técnicos, graduação e pós-graduação. Suas formações abrangem áreas estratégicas do conhecimento, como Engenharia, Informática, Meio Ambiente, Turismo, Automação Industrial, Eletromecânica e outras, sempre alinhadas às inovações tecnológicas e às demandas do mercado
5º Parada: ILÊ Aiyê
“Que bloco é esse? Eu quero saber.
É o mundo negro que viemos mostrar para você.”
Esse é um trecho da música “Que bloco é esse?”, do ILê Aiyê, o primeiro bloco afro no Brasil, fundado em 1974. Situado na ladeira do Curuzu, em Salvador - BA, um dos maiores bairros com população negra, ele surge como um movimento de resistência ao racismo e à segregação racial nos carnavais. Mais conhecido por Vovô, Antônio Carlos dos Santos Vovô cria o Ilê Ayiê com o auxílio de Mãe Hilda Jitolu, matriarca do bloco, ialorixá e educadora. O nome do bloco vem da língua africana iorubá e significa casa (Ilê) e terra (Aiyê).
Mas, por que falar deste bloco de carnaval?
Contextualizando, no dia 14 de dezembro de 2024, durante nossa viagem para o estado da Bahia, pudemos ter a chance de subir a ladeira do Curuzu, conhecer o terreiro Ilê Aiyê Jitolu, seu próprio fundador, o Vovô, e Valéria Lima, neta de Mãe Hilda e diretora-executiva do Instituto da Mulher Negra Mãe Hilda Jitolu (@institutomaehildajitolu @blocoileaiye ). Foi enriquecedor conhecer o lugar e compreender a importância de haver um espaço como o Ilê, que promove a luta antirracista e a cultura africana em Salvador. Além disso ainda pudemos participar de uma palestra sobre empreendedorismo para mulheres e entrevistar uma senhora, ex-professora, aposentada e moradora do Curuzu, e dona de seu próprio negócio de crochê (com materiais reciclados), e perceber o impacto do Ilê Aiyê nessa localidade.
Saber da história desse bloco nos fez entender o quão importante são esses movimentos que promovem a cultura africana e a igualdade na sociedade, que criam voz e potência para combater o preconceito e a opressão. E compartilhamos essa experiência para que esse conhecimento seja passado adiante e outras pessoas busquem essa representatividade e valorização das pessoas negras e afrodescendentes.
6º Parada: Museu Nacional da Cultura Afro Brasileira (MUNCAB)
No dia 15 de dezembro, durante nossa jornada pela Bahia, tivemos a oportunidade de conhecer o Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB) e a exposição “Raízes: Começo, Meio e Começo”.
O MUNCAB, inaugurado em 19 de novembro de 2009, busca a preservação e reconhecimento das culturas originárias africanas e seus impactos na sociedade brasileira. Através das obras, trabalham o resgate da história e identidade negra. Também incentivam ações interculturais e cambiais com países africanos, principalmente de onde foram trazidos a maior parte dos escravizados, como Angola, Moçambique e Guiné. O espaço serve como um meio para a admiração, educação e reflexão do passado que vive em cada brasileiro e reúne diversas documentações, artigos, peças e criações histórico-culturais que resgatam nas pessoas a memória afrodescendente.
É apelidado também de “Museu em Processo”, pois a cultura e história guardadas no museu não acabam-se, mas perpetuam-se e desenvolvem-se junto ao tempo.
Na exposição, desde o momento que entramos, já fomos imersas à filosofia de matriz africana, que diz que o tempo é um circuito cíclico, sem fim. Dentro do museu, conhecemos diversas obras visuais, feitas por artistas negros, que mostram a influência da cultura dos países africanos na identidade brasileira, assim como alguns artefatos e obras seculares que foram trazidos do continente na época da colonização.
A visita neste lugar carregado de história foi uma experiência enriquecedora e admirável, pois sabemos a importância de conhecer a nossa ancestralidade e nossas raízes, de entender que o passado não acabou, nem a história dos indígenas, quilombolas e afrodescendentes, que continua a ser escrita.
- O museu pode ser visitado de terça à domingo, entre 10:00 e 16:30, fechando 17:00.
- Nas quartas-feiras e domingos a entrada para o museu é gratuita. Porém, normalmente, o preço do ingresso custa R$20,00 a entrada inteira e R$10,00 a meia entrada. Eles podem ser adquiridos pelo site Sympla ou na própria bilheteria.
- O museu também localiza-se na R. das Vassouras, subindo a ladeira acha-se uma parada de ônibus a menos de 5 minutos.
7º Parada: Pelourinho
Pelourinho compõe-se de ruas estreitas, enladeiradas e com calçamento em paralelepípedos no coração do centro histórico da cidade, oferece inúmeras opções de comércio, além de atrações artísticas, bares, restaurantes e inúmeras barraquinhas de comida e artesanato local.
Em uma mistura de cores vibrantes há diversos monumentos históricos como:
● Catedral Basílica
● Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
● Elevador Lacerda
Há também várias fundações e grupos na região por exemplo a prática do grupo Olodum, Os filhos de Ghandi e as várias cedes de organizações, tais como a Fundação Casa de Jorge Amado, o Grupo Gay da Bahia e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural(IPAC).
Apesar de parecer um lugar subestimado como perigoso, cada parte da região transborda prazer de mostrar sua cultura apesar das diferenças e dificuldades seja com música, arte, gastronomia ou religião todas estão interligadas de alguma forma por um povo forte e guerreiro que nunca para de lutar, pois como diz a frase de um bom pensador:
“Quando fui a Salvador,
a terra do bom axé,
fui direto ao Pelourinho,
na mão um acarajé.
Do Farol ao Elevador,
tradição e muito amor,
todo ano vou com fé.”
Fontes:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pelourinho_(Salvador)
https://www.archdaily.com.br/br/1001370/o-pelourinho-em-salvador-da-arquitet ura-colonial-ao-olodum