

Chapada dos Veadeiros - Goiás
14 e 15/07/2023
A jornada que tivemos para a Chapada nasceu do desejo de conhecer novos lugares e viver experiências diferentes, que nos aproximam da terra e das culturas originárias. No meio do planejamento, uma das participantes encontrou o evento Aldeia Multiétnica, um espaço onde diferentes etnias indígenas se reúnem para trocar saberes e compartilhar vivências.
Durante o planejamento, surgiu a ideia de gravarmos um documentário. Com esse propósito, seguimos para a Chapada. Quando chegamos à Aldeia Multiétnica, realizamos entrevistas com turistas e com indígenas de várias etnias, registrando suas perspectivas, histórias e saberes. Na edição do documentário, contamos com a ajuda de um estudante de outro campus, que colaborou para dar forma ao material que gravamos
Ao longo da viagem, tivemos a chance de mergulhar nos saberes ancestrais, sentir a espiritualidade dos povos originários e testemunhar sua resistência. Tudo isso enquanto registrávamos momentos únicos, carregados de significado, que nos conectam com o passado, o presente e o futuro.
1º Parada: Evento Aldeia Multiétnica
A Aldeia Multiétnica, localizada na Chapada dos Veadeiros, é um espaço dedicado ao fortalecimento das culturas e lutas políticas dos povos indígenas. Desde sua criação, em 2007, tornou-se um ponto de encontro anual para diversas etnias indígenas do Brasil, sendo um território sagrado de troca, aprendizado e resistência.
O evento acontece geralmente no mês de julho e oferece uma imersão cultural única, permitindo que visitantes compartilhem conhecimentos, tradições e vivam experiências transformadoras. A programação conta com rituais religiosos, danças, rodas de conversa, oficinas e outras manifestações que evidenciam a riqueza e a diversidade dos povos originários. Os participantes podem se hospedar na aldeia durante uma semana ou participar da programação aberta ao público no último dia do evento.
Nós, alunas do ensino médio, tivemos a oportunidade de viver essa experiência através do nosso projeto Viagem Ancestral ,no qual documentamos as vivências e programações oferecidas pelos indígenas presentes na aldeia. Durante nossa estadia, participamos de oficinas, fizemos entrevistas, dançamos, ouvimos histórias e muito mais.
O documentário que resultou dessa jornada busca ser uma ferramenta educativa, promovendo a valorização, o respeito e a visibilidade das culturas ancestrais. A Aldeia Multiétnica, ao abrir suas portas para projetos como o nosso, se mostra não apenas como um espaço de intercâmbio cultural, mas como um símbolo vivo da resistência dos povos indígenas.
2º Parada: Cachoeira Almécegas I e II
Assim como um projeto conta com muitos aprendizados (e imprevistos) existem também momentos de diversão e aventuras.
Um desses incontáveis momentos nesse projeto foi em nossa primeira viagem, à Chapada dos Veadeiros, em que pudemos conhecer as cachoeiras “Almécegas” I e II, da fazenda São Bento, em Cavalcante, Alto Paraíso do Goiás.
Apesar de termos tido apenas a manhã e um pedaço da tarde, desfrutamos da magia que esses espaços naturais do Cerrado proporcionam e mergulhamos no banho mágico dessas águas. A Cachoeira Almécegas I possui uma expantosa queda d’água, que hipnotiza qualquer um. Seu poço, além de profundo e amplo para um proveitoso e renovador nado, é incrivelmente gelado. Apesar de que para alguns, a sensação é agradável, recomendamos tomar cuidado caso não saiba nadar e/ou seja sensível à temperatura, pois as águas são realmente frias de chegar até os ossos.
A trilha que leva do estacionamento até a cachoeira tem por volta de 1,5km e é acompanhada de uma rica paisagem cerradense. Não é difícil, mas é importante prestar atenção no caminho, que pode ser acidentado e irregular (sério, uma de nós quase torceu o tornozelo). Saindo da Almécegas I, há um curto trajeto até a Almécegas II. Esta possui uma queda d’água um pouco menor, porém não deixa de ser igualmente deslumbrante e ideal para as pessoas que gostam de descansar-se ao Sol, devido as rochas que formam uma confortável encosta na beira dessa piscina natural.
Para voltar, demoramos por volta de uma hora e meia. Algumas das estudantes chegaram cansadas por causa da subida, mas nada que não compense essas horas de contato com a Mãe Terra e de união com os amigos, momento em que nos sentimos como uma unidade.