Turismo e Eventos em terras indígenas
- Viagem Ancestral
- 13 de mar.
- 2 min de leitura

O turismo e eventos, atualmente, vem se tornando cada vez mais relevante para os povos originários, pois através dessas áreas, eles encontram não somente uma forma de subsistência, mas também um meio de difundir e apresentar seus costumes, cultura e saberes ancestrais, os quais não aprendemos nas cidades urbanas.
Esse tipo de turismo, além de ser ecológico, ou seja, que respeite em todos os seus aspectos o meio ambiente e a flora e fauna local, tem como base a vivência junto à aldeia. Nós, visitantes, poderemos ter a experiência de saber um pouco do modo de vida desses povos. Dormir no local que separam, poder ver e comprar os artesanatos, comer da comida que plantam, e até participar de seus festejos ou rituais (contanto que eles permitam). Isso tudo é decidido pela aldeia e, principalmente, pelo (ou pela) Cacique e, como turistas, devemos entender que o respeito é crucial em uma vivência dessas, onde se está presente em seu território como uma forma de aprendizado e estar disposto a escutar o que eles têm a nos ensinar.
A Instrução Normativa N° 3 de 2015, que estabelece normas que dizem respeito às atividades turísticas em terras indígenas, determina que esses tipos de visitações devem ser de base comunitária e sustentável, de acordo com as linhas do etno e ecoturismo. Um exemplo, é a etnia Pataxó, localizada no sul da Bahia e norte de Minas Gerais, em que oferecem ao público uma vivência de até cinco dias junto à comunidade, conhecendo seus saberes que vão desde a confecção de artesanato, canoas ou armas, até o uso das ervas medicinais, além de ainda poder conhecer as praias e a natureza local.
Além de tudo isso, o processo do turismo etno-ecológico pode contribuir a um melhor manejo sobre as atividades realizadas em suas terras, o que ajuda a comunidade na gestão do território.
E não somente o turismo nas comunidades indígenas, mas também os eventos produzidos por e para essas pessoas carregam grande importância, pois nesses locais pode ser semeado saberes e hábitos preservados por eles, como o contato e proteção das terras e dos recursos hídricos, cultivo familiar e sustentável e ter relações harmoniosas com aqueles que vivem conosco, por exemplo.
Ter eventos, sejam eles corporativos, acadêmicos ou culturais, em que os povos tradicionais possuam esse protagonismo é de tremenda significância. Pois através desses eventos, eles podem ter espaço de fala não apenas para compartilhar sua cultura, mas também exigir e lutar pelos seus direitos.
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